08 junho 2008

Dia 7

Hoje ia ser brutal. Eram 135km com o pior para o fim. E por "pior" a Ciclonatur queria dizer uma subida tipo Cabanelas no seu pior... Assim tipo depois do Enduro de Vale de Cambra quando aquilo está tudo escavacado... Com 40°C a atestar no pescoço. Quando esta acabou veio outra do género da subida para as antenas na Freita... ainda com 40°C.

Arraquei com precaução mas queria ir forte por isso fui na companhia do Marinho, Silva, Hernandez e Nathan. Segurei-me até ao km 10 (a uma média de 30km/h) mas já estava a ser demasiado. Daí em diante segui sozinho. Rapidamente se esgotou a kilometragem plana e começou o calor.

Estava decidido a apanhar os americanos mas pareceu-me que não estava a ser rápido o suficiente. Normalmente passo pelo Jan Bear depois o Gary Johnson e só depois o Greg Barret, mas hoje o Jan nunca mais aparecia. Até que, de repente parece que vejo o Greg Barret. Quando o passei, perguntei o que tinha acontecido. Ele disse-me que já tinha furado duas vezes e eu pensei que o meu problema maior já estava a ser resolvido. Era só tentar apanhar o Jan e concerteza iria subir os dois lugares que tanta impressão me andam a meter.

Até houve tempo para ceder uma câmara de ar ao Leon Schoor. A confiança era tanta que até lhe disse para ele ficar com a minha bomba... Erro crasso já se vê! Nem 5 km andei quando acerto uma castanhada num calhau vindo não sei muito bem de onde... Pneu cortado, câmara cortada e aro dobrado. Bonito serviço! E agora agarro-me aos co.. e espero que o Nosso Senhor faça um milagre! Lá comecei a tarefa de mudar a câmara, colei fita americana no pneu, verifiquei se tinha picos e rezei para que aquilo aguentasse... E eis que chega o Leon com a minha bomba. Enchi o pneu e lá se aguentou até até ao fim.

É claro que, entretanto o Gary já me tinha passado. A coisa já não estava a correr nada bem outra vez. Quando estava a colocar a roda passou o Diogo Vieira e decidimos ir juntos. Foi o asfalto todo a rasgar. Lembrei-me logo daquela vez que eu e o Rodes chegamos às antenas a 190bpm... só que aqui mais do que 150bpm e a perna arde... por dentro! Apanhamos o Gary e o Leon a meio do asfalto e eu pensei... "Já foste!". Passamos pelo Gary e ele nem reagiu. O Leon ainda tentou vir atrás. Mas segurou a roda 500m. Eu e o Diogo estavamos em brasa mas ele estava decidido a fazer dele a minha luta.

Valeu a pena ter ge ido o início da etapa e subimos tudo a 150bpm antes de, repentinamente começar-mos a descer. Achei que era cedo para ter acabado mas se descia era para despachar serviço. A 65km/h pelo monte abaixo o Diogo assustava-se com a rotação mas manteve-se duro mesmo depois de eu gritar "yyypiekaey mother fuc.... "

Começamos a subida final e o GPS dele apaga-se... Bolas! "onde tens as pilhas?" -"estão no Camelback na bolsa de fora." Trocamos de pilhas em andamento e continuamos a fuga pelo monte acima já faltava pouco para o km 128 e a partir daí era a descer até à meta. Eu olhava para a perna e só pensava em toxinas a fluir dentro das veias... Já estava todo roto mas tinha que queimar mais até ao final. :D

Na descida para Monchique ainda tentei apanhar o cone dum carro que passou, mas o Diogo gritou que o corte era já ali à frente e não deu tempo.

Conclusão: Isto só acaba na praia em Sagres e até lá muita coisa acontece. O Gary e o Greg inverteram as posições e mantenho-me atrás deles mas estou bem mais próximo dos dois do que ontem.

Amanhã começamos logo a trepar. Rolar em grupo seria boa ideia. Não sei se o Diogo vai responder ao desafio, mas ajudava muito. Logo se vê...

Amanhã há mais... A partir de Sagres claro!
;-)

1 comments:

RUUULAAA TEAM disse...

LOOOOOUUUUUUUUUUUCCCCCCCCCCCOOOOOOOOO

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