"Para o Pombal!", disseram as Mulas, "para a Maratona CarLife!".
730 inscritos (ainda não confirmei o numero real de participantes) eram realmente muita gente. O S.Pedro foi amiguinho e ajudou a malta deixando um dia enevoado sem chuva para a prática do BTT. Não estava nem calor nem frio. Estava perfeito.
Para manter a ordem e depois do controlo do quilómetro zero, o pelotão seguiu para o centro de Pombal de onde foi dada a partida real. Daí até entrarmos nos single tracks foi um pulinho. O percurso era todo muito, mas muito técnico. A brita não deixava progredir, o calhau exigia atenção constante e o caminho não tinha largura para ultrapassar.
As pressões correctas (altas) evitaram furos nas pedras aguçadas mas não ajudavam as descidas nos estradões de cascalho solto. Estive muitas vezes indeciso entre manter-me no caminho ou virar por cima dos muros de pedras... imperou o bom-senso (e o poder dos travões).
Disse no meu post anterior (Fafe) que me agradam os percuros mais 'old-school' que é como quem diz, mais técnicos. Quanto a mim uma Maratona não tem que ter só estradões largos, mas o que é de mais é erro e neste caso a organização do CarLife Pombal 2007 pecou por single-tracks em excesso.
O perigo do Vale dos Poios é completamente dispensável. É um sítio fantástico para ir com três ou quatro amigos no passeio de Sábado de manhã mas para fazer um evento com 700 participantes é estar a criar problemas desnecessários. Existem umas poucas de questões de segurança (recuperação feridos, acesso de primeiros socorros, etc) que devem ser consideradas pelas organizações. Nem todos têm o mesmo nível técnico nem, quando lá chegam, a força necessária para suplantar os obstáculos. E como se isto não bastasse, há nesta altura uma mistura de participantes dos 70km dos 40km com andamentos claramente diferentes. Como nem todos têm a cabeça no sítio, tem que haver malta que insiste em ultrapassar nestes sítios perigosísimos... e ainda por cima param no abastecimento seguinte para beber uma água como se estivessem na esplanada do café!! QUE ESTUPIDEZ!!
Já que estamos no tema de pontos perigosos. Havia uma vedação em rede de arame que mal se via mas que agarrava os dentes das pedaleiras. Claro está que virei logo por cima da burra. Digam lá se não podiam ter colocado umas tabuazinhas para a malta não dar com os bofes no chão?
As marcações estavam boas (apesar de me ter perdido umas vezes) e havia indicações com "X" a vermelho a indicar o caminho errado. Neste aspecto dou nota 10 à organização. De louvar a organização também, porque foram desencantar caminhos que não lembra nem ao Diabo. Havia quilómetros e quilómetros de single tracks que mal se podem classificar de "caminho". Bom, na verdade, ao km 25 já estava um bocado farto de calhau e ervas a ladear o percurso, mas...
Quem ainda não tinha tido a oportunidade de furar (que devem ter sido poucos) no final havia uma mudança de cenário. Agora já não eram as pedras que atrasavam o ritmo, eram os galhos partidos que insistem em se enfiar no meio das rodas. Quem não furou nas pedras, furou aqui de certeza!
Achei muita piada ao túnel com uma "piscina" do outro lado. Por pouco não me mandei de cabeça para a água, é que visto assim de repente não parecia tão fundo. Abençoados quilómetros de alcatrão no final. Acho que foi o único sítio onde realmente encontrei o ritmo certo para pedalar (ao fim de 4 horas... :-().
Não era um percurso que desse para recuperar muitos lugares. Ou se conquistava uma boa posição antes de entrar nos single tracks ou depois com a malta toda a tropeçar uns numa pedra e outros noutra, nunca mais!!
Obrigado a todos a quem pedi "quando puder ser, dá aí um jeitinho" e que prontamente me deixaram passar com palavras de ânimo para dar força.
Conclusão: cada vez gosto menos de eventos ao Domingo. O dia das bikes é, sem dúvida, o Sábado. O Carlife Pombal 2007 não foi uma Maratona, foi mais um Maxi Cross-Country. Eram demasiados single-tracks e tudo o que é de mais, como já disse, é erro...
As classificações ficam para depois...
fotos do Samuka no Picasa por aqui
comentários no ForumBTT e no ProjectoBTT
site do evento mdbikes ou detalhes evento
track GPS no Tracks4You
730 inscritos (ainda não confirmei o numero real de participantes) eram realmente muita gente. O S.Pedro foi amiguinho e ajudou a malta deixando um dia enevoado sem chuva para a prática do BTT. Não estava nem calor nem frio. Estava perfeito.
Para manter a ordem e depois do controlo do quilómetro zero, o pelotão seguiu para o centro de Pombal de onde foi dada a partida real. Daí até entrarmos nos single tracks foi um pulinho. O percurso era todo muito, mas muito técnico. A brita não deixava progredir, o calhau exigia atenção constante e o caminho não tinha largura para ultrapassar.
As pressões correctas (altas) evitaram furos nas pedras aguçadas mas não ajudavam as descidas nos estradões de cascalho solto. Estive muitas vezes indeciso entre manter-me no caminho ou virar por cima dos muros de pedras... imperou o bom-senso (e o poder dos travões).
Disse no meu post anterior (Fafe) que me agradam os percuros mais 'old-school' que é como quem diz, mais técnicos. Quanto a mim uma Maratona não tem que ter só estradões largos, mas o que é de mais é erro e neste caso a organização do CarLife Pombal 2007 pecou por single-tracks em excesso.
O perigo do Vale dos Poios é completamente dispensável. É um sítio fantástico para ir com três ou quatro amigos no passeio de Sábado de manhã mas para fazer um evento com 700 participantes é estar a criar problemas desnecessários. Existem umas poucas de questões de segurança (recuperação feridos, acesso de primeiros socorros, etc) que devem ser consideradas pelas organizações. Nem todos têm o mesmo nível técnico nem, quando lá chegam, a força necessária para suplantar os obstáculos. E como se isto não bastasse, há nesta altura uma mistura de participantes dos 70km dos 40km com andamentos claramente diferentes. Como nem todos têm a cabeça no sítio, tem que haver malta que insiste em ultrapassar nestes sítios perigosísimos... e ainda por cima param no abastecimento seguinte para beber uma água como se estivessem na esplanada do café!! QUE ESTUPIDEZ!!
Já que estamos no tema de pontos perigosos. Havia uma vedação em rede de arame que mal se via mas que agarrava os dentes das pedaleiras. Claro está que virei logo por cima da burra. Digam lá se não podiam ter colocado umas tabuazinhas para a malta não dar com os bofes no chão?
As marcações estavam boas (apesar de me ter perdido umas vezes) e havia indicações com "X" a vermelho a indicar o caminho errado. Neste aspecto dou nota 10 à organização. De louvar a organização também, porque foram desencantar caminhos que não lembra nem ao Diabo. Havia quilómetros e quilómetros de single tracks que mal se podem classificar de "caminho". Bom, na verdade, ao km 25 já estava um bocado farto de calhau e ervas a ladear o percurso, mas...
Quem ainda não tinha tido a oportunidade de furar (que devem ter sido poucos) no final havia uma mudança de cenário. Agora já não eram as pedras que atrasavam o ritmo, eram os galhos partidos que insistem em se enfiar no meio das rodas. Quem não furou nas pedras, furou aqui de certeza!
Achei muita piada ao túnel com uma "piscina" do outro lado. Por pouco não me mandei de cabeça para a água, é que visto assim de repente não parecia tão fundo. Abençoados quilómetros de alcatrão no final. Acho que foi o único sítio onde realmente encontrei o ritmo certo para pedalar (ao fim de 4 horas... :-().
Não era um percurso que desse para recuperar muitos lugares. Ou se conquistava uma boa posição antes de entrar nos single tracks ou depois com a malta toda a tropeçar uns numa pedra e outros noutra, nunca mais!!
Obrigado a todos a quem pedi "quando puder ser, dá aí um jeitinho" e que prontamente me deixaram passar com palavras de ânimo para dar força.
Conclusão: cada vez gosto menos de eventos ao Domingo. O dia das bikes é, sem dúvida, o Sábado. O Carlife Pombal 2007 não foi uma Maratona, foi mais um Maxi Cross-Country. Eram demasiados single-tracks e tudo o que é de mais, como já disse, é erro...
As classificações ficam para depois...
fotos do Samuka no Picasa por aqui
comentários no ForumBTT e no ProjectoBTT
site do evento mdbikes ou detalhes evento
track GPS no Tracks4You
3 comments:
Não podia estar mais de acordo contigo, aliás, depois de ter visto um BTTista caído na ravina no Vale do Poio perdi mesmo a vontade de continuar... espero que não se tenha aleijado muito, o que deve ser difícil, pois cair de uma altura de 5 ou 6mts em cima de pedra deve deixar mazelas...:(
Uma Maratona a não repetir pois não gostei nada dos engarrafamentos e tanto single track... Parabens a quem conseguiu terminar inteiro a maratona com uma semi rigida...
Eu adorei, porque gosto dos trilhos bem estreitinhos (assim não há ultrapassagens e cada um sabe o seu lugar)e do "conbíbio" gerado, fiz muitas amizades pois falei até dizer chega, em mais de 5 km a pé. Gostei muito de encontrar pessoal que já não via há muito tempo como um colega do Instituto, deu para tudo.
A possibilidade de ver os mulas outra vez, deixaram-me esperançado pois pensava que estava com um ritmo do caneco mas afinal era só o percurso que se cruzava :)
Para além do mais, caiu-me a ferrugem toda com tanta irregularidade que o terreno tinha, não me sentia tão sacudido desde aquela volta que fui fazer com o Pinto e ele depois baixou os calç... isto não é para dizer :)
Agora a sério... Tem potencial mas não havia "nexexidade caragu"!!!
Valeu o banho quente e um Domingo diferente onde ninguém se aleijou... muito.
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