Depois de ter lido a crítica sobre a prova do ano passado, achei que esta prova ia servir os meus propósitos, verificar o nível de forma a menos de 1 mês do Geo-Raid e dar-me algum ritmo competitivo, uma vez que tirando Coruche, não fizemos mais nada.
Apesar de ter andado adoentado durante a semana, a partir de quinta-feira comecei a sentir-me bem melhor e resolvi ir à prova. No Domingo lá rumamos a Mortágua…
Depois de levantar o Dorsal numa secretaria bem organizada e despachada, apercebemo-nos que o pessoal já tinha feito o controlo zero e ocupava as primeiras posições para o arranque da prova. Escusado será dizer, que para a próxima tenho de chegar mais cedo, para não ficar sem ver o arranque.
Depois de um arranque “à Portalegre 2008” (os mulas entendem) lá fui passando os mais atrasados e fui tentando entrar no meu ritmo. Os primeiros quilómetros fizeram-se num ritmo alto, pois os trilhos eram bastantes rolantes num sobe e desce muito divertido mas, ia moendo. Não me lembro de entrar numa prova em que se visse tanta gente com tanto furo, o que sinceramente surpreendeu-me, pois o piso nem era nada rochoso.
Lembro-me de pensar, que aos 40km’s me sentia bem, apesar de ver muito pouca gente à minha frente após a divisão para os 80km’s. Sorri e pensei… Puxa será que só andei a passar gente dos 40?
Foi por volta dessa quilometragem que tivemos a subida do dia, cerca de 20km até às Eólicas (como o Joaquim “da Bfour” mais tarde me contou, no grupo deles costumam a dizer que é uma subida “à Homem”).
Depois de um abastecimento lá me convenci a atacar a dita subida estilo “à Homem” e sinceramente nem correu mal, vindo a ganhar algum terreno para algum pessoal que entretanto foi aparecendo no meu alcance. Pensei que se chegasse ao topo da subida, tinha a maratona feita, uma vez que faltavam cerca de 20km’s maioritariamente a descer. Puro engano…
No fim da subida comecei a sentir uns “ameaços” de fadiga, mas foi quando me avisaram que existia umas descidas valentes após as eólicas, que comecei a ter problemas. Comecei a descer a um bom ritmo, mas assim que começa a trepidação, começo a sentir cãibras, é verdade… a descer, até fiquei pasmado!
Cada subida que apareceu, tive de a fazer com uma cadência muito alta e desmultiplicada para não forçar os músculos e aí perdi algum tempo, mais algum para ajudar um colega que mandou um valente tombo à minha frente, rasgando o braço (espero que estejas melhor António) e depois foi arrastar-me até ao fim, danado comigo mesmo e com a minha falta de força. Já estou como o outro “Caixa tinha, pernas é que não”.
Moral da história, vi que fiquei em 79º lugar a cerca de +/- 1 hora do 1º… não foi um bom prenúncio e ainda fico mais apreensivo pois até aos 60km’s nem acho que tenha andado nada mal, o pessoal é que está a andar bem melhor do que eu ;) Há que continuar a treinar...
P.S. - Parabéns Joaquim pelo excelente 23º lugar ;)