29 maio 2006

Teste - Focus Raven Team


Os quadros rígidos para XC de competição continuam a oferecer excelentes prestações. A Raven Team veio provar que é uma excelente bike para quem procura rapidez e peso pluma.
Se há uma vertente na qual tanto as rígidas como as suspensões totais podem brilhar por igual, essa vertente corresponde às maratonas ou XC. A escolha entre uma ou outra depende da dureza (ou suavidade) dos trilhos por onde andamos com mais frequência. Se optares por um quadro rígido, vais conseguir comprar uma bike com uma melhor relação preço/qualidade dos componentes e também com um peso mais convidativo.A Focus Raven Team corresponde precisamente a esta opção, é a aposta certa para quem procura uma bike rápida, leve e bem equipada para a levar aos circuitos de XC ou às maratonas, sem pensar no conforto mas sim na rapidez.
Curiosamente, e ao contrário do que se espera de um quadro topo de gama, não encontramos escoras com geometrias variáveis ou tubos a oscilar entre várias secções. Este topo de gama mantém a simplicidade toda das escoras rectas e das secções redondas mas consegue com este alumínio 7005 formar tubos leves e suficientemente robustos para encarar as mais duras provas. Quanto a reforços, mostra-nos apenas o já obrigatório, que une os tubos horizontal e diagonal, neste caso, em pequena escala.A direcção integrada e as ponteiras maquinadas são os únicos “luxos” de que nos apercebemos exteriormente.Posição de ataque às subidas Da geometria do quadro destacam-se os ângulos de direcção e do tubo de selim, muito próximos da vertical, e que nos levam a uma posição de condução agressiva. É o que se quer para atacar as subidas e para manter uma boa aerodinâmica. O avanço com 10 cm de comprimento e sem inclinação aparente, coloca-nos praticamente em cima da roda da frente, basta apanhar uma descida técnica mais inclinada e lá saímos em voo pela parte da frente.Os componentes da transmissão mostram bem a preocupação que estes alemães tiveram em manter o peso abaixo do que se espera quando se paga 3.000 euros por uma bike.Um desviador XTR na dianteira e um Sram X.0 atrás, bem como uns cranks FSA Team Issue em carbono. Nas cremalheiras, a FSA utilizou o alumínio 7075 com tratamento térmico T6, o peso do conjunto fica-se pelas 555 gramas. Esta marca contribui também com o guiador recto sobredimensionado K-Force em carbono, com o espigão de selim FR 230 que utiliza o prático sistema de afinação da inclinação com dois parafusos e com a caixa da direcção ZS-3, conhecida pela sua durabilidade e pela qualidade dos seus rolamentos.O carbono abunda na Raven Team, também as manetes dos Magura Marta SL e o selim fabricado pela Velo contam com a rigidez e o baixo peso que caracterizam este material. Um dos pontos fortes desta Focus é o poder de travagem que os Marta SL asseguram. É certo que com um peso total de 9,950 kg, a missão dos travões, sejam eles quais forem, fica facilitada. Quando juntamos esta vantagem à potência dos Marta, o resultado não podia ser melhor: potência, progressividade e tacto não lhe faltam.O contacto com o terreno é feito pelos Schwalbe Racing Ralph, um pneu para puristas em que o desenho dos tacos oferece a aderência básica e ao mesmo tempo deixa rolar sem grande atrito. Utiliza diferentes compostos de borracha nas diferentes zonas do pneu, todos estes compostos são relativamente moles o que explica o seu desgaste fácil e a boa aderência em pisos duros.A escolha das rodas recaiu sobre um conjunto DT Swiss, uns aros XR 4.1d e os cubos são os 240.
O poder da Reba O papel da Rock Shox Reba Team é decisivo. O Motion Control assegura um curso suave e progressivo que é bem-vindo a esta marca que passou por épocas menos felizes. Já que pomos grande parte do nosso peso na roda dianteira, é bom saber que podemos contar com o máximo conforto e com afinações precisas e adequadas a cada tipo de trilho. Optei por utilizar uma abertura do “floodgate” que assegura pelo menos uns 25 mm de curso quando a suspensão está bloqueada. Assim asseguro que nunca recebo uma pancada seca. Na traseira, o único conforto vem todo do selim Velo com carris em titânio, estrutura em carbono e revestimento a pele. Oferece mais conforto do que sugere a sua espessura graças ao acolchoamento e à ergonomia.
Numa rígida, estes componentes acabam por ser mais relevantes do que numa suspensão total, em que grande parte do conforto vem do amortecedor. No caso da Raven não há motivo de queixa, está tudo a postos para fazer uma prova de seis horas, para quem não tem problemas de costas! Outro dos seus pontos fortes é a agilidade incrível com que salta por cima das raízes ou dos regos, ou a facilidade com que passa por cima das sções mais técnicas nas subidas inclinadas como se se tratasse de uma bike de trial. Afinal são apenas 10 kg que temos debaixo de nós, não podia ser difícil puxá-los nem carregar com eles nas subidas mais longas e inclinadas. Para ser perfeita faltava incluir de origem uns bons pedais de encaixe, já que é vendida sem eles. De resto, a Raven tem o que é necessário para devorar quilómetros em grande ritmo.

Fonte: Bike Magazine

6 comments:

Unknown disse...

As fotos estão porreiras :D:D

Anónimo disse...

epa granda texto... (não deve ser pra se ler)

:P

BruMau disse...

É grandito, mas achei que era interessante para quem gosta de mulas :) Óó e que rica mula, belas curvas tem esta Focus ;)

Anónimo disse...

isso já começa a afectar-te a visão?...

Anónimo disse...

espero que isto esteja parado pq os meninos estão de férias, por belas piscinas e praias deste portugal ;)

Beijinhos!

BruMau disse...

Antes fosse :) é mesmo por trabalho.

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